O Pianista.

"O Pianista" é um filme duro, cruel e extremamente realista ao relatar os factos ocorridos em torno do Gueto de Varsóvia, na 2ª Guerra Mundial. Por tratar do mesmo tema "O Pianista" tem algumas semelhanças com "A Lista de Schindler", principalmente no modo realista de contar sua história, mas o filme de Polanski é muito mais 'amedrontador' do que o de Spielberg. Se "A Lista de Schindler" já possuía cenas fortes "O Pianista" vai ainda mais longe, mostrando cenas que trazem ao público os sentimentos de revolta e repúdio, por saber que tudo o que é mostrado aconteceu realmente. Um filme ao mesmo tempo forte e sensível. Talvez por não termos praticamente a experiência de guerra no nosso país, o filme leva-nos a pensar com mais cuidado sobre o desperdício e a fome, o preconceito e a solidariedade... 

A atuação de Adrien Brody foi algo de excelente, conseguindo passar toda a emoção necessária, sem fugir a nenhum obstáculo.

SINOPSE

Quando a 2ª Guerra Mundial eclodiu em 01/09/1939, Varsóvia foi um dos primeiros alvos nazis. Após a ocupação, os alemães recorreram ás SS e a Gestapo para lançar uma política contra a população judia, submetendo-a a tratamentos degradantes, confiscando seus bens e construindo muros para encerrar os judeus em algumas áreas, surgindo, então, o Gueto de Varsóvia. 

O brilhante pianista e judeu polaco, Wladyslaw Szpilman (Adrien Brody), interpretava peças clássicas numa rádio de Varsóvia, quando as primeiras bombas caíram sobre a cidade.  Como os demais judeus locais, Wladyslaw e sua família perderam todos os deus bens, e foram obrigados a mudar-se para o famoso Gueto, onde as condições de vida eram super precárias e o sofrimento e a humilhação estavam sempre presentes. 

A partir de julho de 1942, os nazis começaram a enviar os judeus para o Campo de Concentração de Treblinka. Durante essa nova onda de perseguição, a família de Wladyslaw foi capturada e enviada para esse mesmo campo.  Quando seguiam para embarcar na estação ferroviária, Wladyslaw foi o único que conseguiu fugir. 

Ele passou, então, a viver escondido nas ruínas e escombros da cidade, como prédios abandonados.  Tempos depois, foi encontrado por um oficial alemão, numa casa pouco destruida, onde, ao ser perguntado sobre sua identidade, ele confessou ser um pianista judeu.  Por sorte, o referido oficial era um admirador da  boa música e sabendo que o fim da guerra se aproximava, decidiu ajudá-lo a sobreviver, levando-lhe mantimentos.

Muita gente devia ver este filme. Só para que nos possamos sempre lembrar do que a raça humana, um dia, foi capaz de fazer. Até que ponto a natureza humana chegou, levada pelo poder, pela ilusão do poder. 

Roman Polanski foi vitima dos campos de trabalho durante a 2a Guerra e foi por isso que não entrou na realização do filme "a Lista de Schindler", mas para " O Pianista " seguiu uma abordagem diferente e conseguiu um actor à altura para o papel do pianista, grande personagem. As lagrimas que me escaparam durante o filme eram de vergonha. Sim... Senti vergonha de fazer parte do ''Homem'', de viver num mundo que ainda faz guerra. Mas agradeço a Roman por isso. Afinal, o que é o cinema se não um laboratório de sentidos e emoções?... 

trailer:

                      http://www.youtube.com/watch?v=itR0-I9idXk